A centralidade da Cruz de Cristo

Texto básico:  Gálatas 6.14

Texto devocional:  Colossenses 1.13-23

Versículo-chave:  Gálatas 6.14
“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo”



Alvo da lição:
Ao estudar esta lição, você terá condições de reconhecer a cruz como o ponto central da vida cristã.



Leia a Bíblia diariamente
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Dom  Gl 6.11-17



INTRODUÇÃO

No dia 11 de setembro de 2001, dois aviões foram lançados contra as duas torres gêmeas em Nova Iorque. Terroristas chamaram a atenção do mundo para presenciar, minutos depois, uma das maiores tragédias da história.

Os olhos do mundo se voltaram para essa tragédia e suas consequências, mas, na verdade, deveriam estar voltados para a cruz de Cristo, a maior marca de nossa fé.

I. O sinal e o símbolo da cruz

Diversas religiões e ideologias possuem um símbolo que as identifica.

O islamismo usa uma meia-lua.

O judaísmo moderno, a estrela de davi.

O marxismo, o martelo e a foice.

O cristianismo também adotou um símbolo para identificá-lo: a cruz.

A história da igreja informa que houve algumas tentativas antes de os cristãos elegerem a cruz como sua referência. Uma bem conhecida é a figura de um peixe, por esconder nesta marca as iniciais, em grego, do nome Jesus Cristo.

Nos primeiros anos da história da igreja, a cruz era algo extremamente repugnante por ser o instrumento utilizado pelos romanos para executar escravos e estrangeiros. Já os judeus julgavam estar sob a maldição de Deus todos os que fossem pendurados em madeiros (Dt 21.23).

Paulo observou como o incrédulo de seu tempo abominava a mensagem da cruz (1Co 1.18). Houve alguém que desenhou um homem com cabeça de burro, crucificado, a fim de ridicularizar a fé evangélica.

Entretanto, mesmo com riscos e afrontas que os cristãos sofriam pelo símbolo da cruz, essa figura foi adotada por ser o centro da mensagem por eles anunciada.

Durante um grande período, os cristãos também faziam o sinal da cruz com a mão para identificar-se e lembrar uns aos outros constantemente da sua fé. Hoje, a igreja evangélica deixou de praticar esse ritual, em razão de muitos hereges usarem essa prática como superstição.

Aplicação
Visto que o justo viverá pela fé, a melhor maneira que temos para conservar o símbolo que nos identifica é uma lembrança permanente do sofrimento do Senhor na cruz e da vida que temos a partir dela.

II. A perspectiva de Jesus

Quando Jesus, ao iniciar Seu ministério em Caná da Galileia, afirmou a Maria que ainda não era chegada a Sua hora ( Jo 2.4), deixou claro que sempre teve consciência da natureza de Sua morte.

Lucas descreveu a clareza que Jesus tinha a respeito do que as Escrituras expu­nham a Seu respeito (Lc 24.27). Jesus reconhecia que Nele se cumpriria a palavra de Isaías, de que seria contado como um malfeitor (Lc 22.37), para que todo o que Nele cresse tivesse a vida eterna ( Jo 3.14-15). Sabia que os religiosos buscavam a Sua morte, assim como tinham buscado a dos profetas (Lc 4.28-29).

Diversas vezes, durante o Seu ministério, Jesus fez menção ao Seu sofrimento (Mc 9.31; 8.21,32 e Lc 18.31-32), expressando que faria o ato redentor em obediência ao Pai ( Jo 6.38), mas também de Sua própria vontade ( Jo 10.17-18).

Fazendo uma leitura cuidadosa dos evangelhos, veremos a clareza que Jesus tinha da Sua missão.

Aplicação

Busco saber a vontade de Deus e obedecer-Lhe, assim como Jesus o fez.



III. A ênfase dos apóstolos

Nada nas mensagens pregadas e nos escritos dos apóstolos é tão enfatizado como o sacrifício do Senhor na cruz.

Para eles, como podemos ver em 1Coríntios 15.3, na cruz se cumprem os propósitos divinos. Entendiam que os sofrimentos presentes eram uma maneira de compartilhar do cálice do Senhor (1Pe 4.12), e que na cruz estava a Sua glória (Gl 6.14) em confronto com a vergonha que conservava o incrédulo (1Co 1.18). Em sua doutrina, viam claramente que a maldição de Deus estava plenamente satisfeita no Calvário (Gl 3.13).

Até mesmo o apóstolo João, em sua majestosa visão do Apocalipse, identificou o glorioso Senhor como Aquele que foi morto (Ap 1.18). Mais adiante, reconheceu o Cordeiro que foi morto, O qual possui autoridade para abrir os selos (Ap 5.5).

Assim, nem mesmo a ressurreição que foi algo tão motivador, predominou na mensagem apostólica. Os apóstolos entenderam que a vitória sobre a morte só ocorreu por causa do sacrifício de Jesus na cruz.

Aplicação

Estudo os ensinos dos apóstolos vendo na cruz o ponto central para minha vida e vendo as bênçãos que ela me oferece?

 IV. A persistência da igreja apesar da oposição

A verdadeira igreja tem preservado, no decorrer dos anos de sua história, a fide­lidade à genuína fé, mesmo em momentos, tanto do passado como do presente, em que é preciso comprová-la com a oferta da própria vida.

Logo após a ressurreição de Cristo, já havia, como registram os evangelhos, aqueles que buscaram corromper a realidade da vitória do Senhor sobre a morte. E a partir dali, esta tem sido uma luta permanente de muitos contra a fé.

Conclusão

Hoje, um dos desafios ao crente está em preservar a fé cristã diante de um mun­do pós-moderno que se manifesta com a penetração de uma falsa mensagem cristã.

Esta leva seus adeptos a acreditar na prosperidade, quando afirma que a cura de um dente cariado deve ser evidenciada, não com a cura da dor, mas com a presença do ouro; que o pecado nem sempre é culpa do desejo do homem caído, mas de uma entidade maligna, que deve ser rejeitada para alcançar o conforto. Enfim, verifica-se, em diversas tendências que se apresentam como cristãs, o esfriamento da fé, priori­zando o conforto e o prazer.

Através da história da igreja, verificamos que a verdadeira mensagem da cruz é demonstrada somente por aqueles que têm sua fé fundamentada na Bíblia.

Aplicação

A vida exige que o homem defina prioridades. Qual a posição que a cruz ocupa em minha vida?



Autor da Lição: Pr. Jessé Ferreira Bispo
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica,

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